(D. Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen - RS)
Neste domingo, vamos escutar mais uma vez a Palavra de Deus, luz para nossos passos, sentido para a nossa vida.
Deus vai nos ensinar que Ele tem um plano de salvação para toda a humanidade. Ele quer que vivamos, mas não de qualquer jeito...: Ele nos quer felizes. Portanto, a Palavra de Deus, nesta domingo, quer nos ajudar a refletir sobre a atitude que devemos assumir frente a este projeto de salvação.
Na primeira leitura, Deus vai nos recordar que somos livres. Tal liberdade é levada a sério por Deus, que respeita sempre nossas decisões. A proposta de Deus nos leva à vida e à felicidade. Mas existem outras possibilidades de escolha, escolhas humanas que descartam a Deus. Quem assim escolhe, optando pela auto-suficiência, certamente será conduzido à morte e à desgraça. Será alguém falido. Por amor, Deus nos propõe alguns pontos de referência para uma boa escolha: são os mandamentos. São como que marcas pelo caminho, que nos conduzirão seguramente à salvação.
São Paulo, na segunda leitura, nos apresenta o Plano de Salvação de Deus, como uma sabedoria, ou seja, algo que se acolhe como referência na própria vida. É um projeto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”. Um projeto que Jesus vem revelar não somente com suas palavras, mas com sua pessoa divina, seus gestos. Contudo, há um sinal eloqüente da importância de que tal projeto seja acolhido, da sua grandeza: este projeto teve um custo real: a vida de Jesus. Ele exigiu o dom total do amor de Cristo pela humanidade. Só por este fato, pode-se avaliar sua importância.
No Evangelho deste domingo, Nosso Senhor nos ensina o Caminho para esta vida plena: não é só uma questão de cumprir os mandamentos. Seria pouco e até mesmo errado imaginar que, com o simples e frio cumprimento de uma Lei, tivéssemos o direito de exigir a salvação.
O que salva o homem é a capacidade de acolher a Graça de Deus, com humildade e simplicidade de coração, Graça que o ajudará a acolher a Lei de Deus em seu coração. A partir desta acolhida interna, na obediência da fé, as atitudes humanas mudarão, e o ser humano irá, pouco a pouco, identificando-se com Cristo.
A Lei pede, antes de tudo, adesão, obediência.
O exemplo vem de Jesus, que obedeceu em tudo ao pai, e nos mostrou o caminho através de seu exemplo.
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